nascernoventolento
Trago no colo os dias que nascem no rio sonolento
Desenho nas linhas de água o sabor de acordar
Escuto na lonjura de mim afagos no tempo que trago
Pestanejo o silêncio que ondula em espaço mínimo
Levantam-se nos interstícios da voz afundada tontura
Ritmos de pétalas que esvoaçam aroma de água salgada
Caminho de violetas adornam os dedos pianíssimos
Maresia pele macia canto sussurros leveza
Borboletas em pingos de ardor o sol estala fogo
Saio de mim outro vem em nascer no rio vento
eugeniohenrique 14/6//023