amanhã_NÃO_me_encontres
tropeço em pedras densas que adornam o quintal da minha escrita cúbicas frias pesam nas palavras vãs
o sol penteia a dureza esgueira-se no olhar da cegueira noite em gelo disforme trôpego
tropeço em pedras densas inertes escultor estulto asas na poeira que o vento venta
quanto de nada é seres pedra densa seres imensa na frieza que golpeias em linhas de sol
quanta ignomínia vestes em vestes de pedra densa
toda em ti tropeço no tempo que te peço
salto descalço em dança fustigada arrufo inane engomada
chilreio o cheiro do teu odor embrulhado no capote da madrugada
estarei na ausência no charco da tua erudição
amanhã não me encontres
eugeniohenrique 14/10/2021