Violetas_Op.13_Pathétique
o sol encosta-se na luz que ofusca o olhar
o vento pouco que me acorda no limite dança em pontas
enrosco-me no sabor da noite que vem olho desenho
ato-me na finura do desejo voar em letras de sol que vai
na hesitação perpetuo o tamborilar do silêncio
a luz afunda quente rente à margem da pele
arrefece o olhar na distância que arde chão
violetas que se aconchegam no bosque traços negros
arrulhos adormecidos cocuruto em festim
as portadas abrem-se no brilho do fogo que espreita
sonata lenta sopros dedilhados rostos suados
dança em crina timbre nos dedos que te garatujam
? Quanto do tempo há no vestígio desta luz
? Quanto do tempo há no vestígio de ti
violetas as horas que não me fujam
eugeniohenrique 4/07/2021