Indo assim
Acordo no escombro das palavras que desdobram o meu corpo
Também eu morro na febre da humanidade no estilhaço
Aturdido no negrume que volteia em noites despertadas
Descasco no meu colo o sabor da terra implodida | perco
Estrondo no peito frágil batida desassossegada | nadas
Putrefacta a espera desfigurada poetas dormentes
Romantismo reles na rudeza do sol gritaria untuosa
Prostrado na moral em agonia os olhos cegam os dentes
Que trituram as palavras que a onda trás na crista
Acordo na ausência busco no vazio a linha escavo | nada
Cismo toscamente desordem do meu escombro teia em mim
O céu desnuda-se num choro que verte o frio do corpo
Gente que nasce no peito rasgado folhas secas o vento sopra
Acordo na perda Indo
eugeniohenrique 6/8/2022