sexta-feira, 24 de setembro de 2021

traço_destraçado | 045

 às tantas quantas


Quantas armas armam o olhar desajeitado vadio espelho saturado sem bola sem fio a girar no deserto de amar 

Quantas armas armam o estilhaço vítreo do riso teu que escondes no céu | Quantas armas são o pão de pó que não invento e corres no vento para nada e só | Quantas armas tens que não tendo te amam no vazio do navio sem casco sem pio | Quantos pulos dás no charco que te encharca de poetas cometas tretas | Quantos salpicos na água que pisas brincas a brincar corres foges olhar desajeitado vadio de amar | às tantas nada.


eugeniohenrique 22/09/2021