quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

r-a-m-o | 014

territoriodelá

Se fumasse fumava o sopro frio da distância 
Vivo em traça permanente 
Esquivo-me tanto desta tosse que me abafa 
Sufoco-te na vidraça
Longe 
Olho em frente na talha que esculpi ganância
Fumaça substância 
E nada
Longe
Intoxico-me da noite crua nua
estás longe
Trauteio no intervalo do tempo este frio que aperta
Chove em nuvem cheia 
Desassossego de cara meia
Se fumasse fumava o teu sopro aqui 
Cai neve
Anda vem daí 
eugeniohenrique 28/02/2018




quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

8_0 |15

espessura_mim

Sufoco na espuma da onda que crio
embalo calo falo trauteio em oco o frio dos dias 
Tenho uma manta de mantinha coisa minha e tua
Barco barquinho em pele nua sufoco na espuma 
devagarinho salpicos de tremor ninho de pétalas rubor
Sussurro tambor em sangue de amor espuma olhar
Dançar no silêncio picos de traços febris sal 
Linhas de ouro nuvens de sabor pouco pouquinho 
Casa no caminho asas ninho pássaros de água viajam pertinho
Que calor 
Tela em toque de escrita pedaço traço o aperto da margem
Que silêncio na água que ondula ofegante toque de arpa
Barca de olhares em quente cintilam sois aromas
Terra de água barqueiros inquietos nuvem de bafo dedilhar em cordas 
De oiro sono estreito jeito de amar sufoco na espuma
Na pele em timbre de cantor no silêncio é macio o ardor 
Papagueado em ventania arrepia de ser assim mim

eugeniohenrique   8 /02/2018