terça-feira, 31 de março de 2015

8_0 | 002

Contínuo |

não estar ausência longe o teu olhar caminho difícil de chegar 
o cinza de luz assustada manta para ti tapada visão de nada
marulhar de palavras não ditas dedos de escrita outro amar
silêncio que ata viagem de ti turbilhão na espessura da pele
desejar tocar no tempo (o fedelho de cão ladra no desassossego
gesto de embalar lixo de rua sorrir por limpar poeta de ensacar)
esperar regresso no vento sorriso lamento rua que invento assim
saltitar de espaços passos até aí arrepio de nuvem que lacrimeja
distância onda por vir pétala por sentir e faz frio de vento agora 
O céu que olho não te vê passaste por aí e voaste em linha de fumo
Acenaste e não toquei a tua mão de nuvens e maciez  foram minhas talvez
O dia vai e não cresce para o sol que quase adormece tu longe
Tanto de tanto ser tanto pouco ter sou do sol serei louco
Serei gesto no vazio que deixaste hoje é dia de não ser
Vem


eugeniohenrique 28/03/2015 | 002

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