quinta-feira, 28 de abril de 2011

tão pouco

Tão pouco me atento pela glória do acto, que de tanta dor me infringe, quase o nego | assim vou estando no pensamento de mim | na ausência do nada | na voz do silêncio.
Tão pouco me sinto no palco de lustres, lustrosos e engomados | que das palavras | pálidas umas, engonhadas outras | trituram o som do silêncio em mim | é tão pouco o que procuro próximo do meu desenho.
É tão pouco o meu acto que o tomo por ser intenso e tão pouco penso | que é pouco | tão pouco.

1 comentário:

Anónimo disse...

Dizes tão pouco e sentes tanto
nada é tão pouco
nem a dor
nem o pensamento
nem a ausência
e muito menos o silêncio
que grita.
Não te conheço nesse pouco
pode ser um bocadinho
mas será sempre muito
saberá a tudo